Século XXI: Seja bem vindo ao caos dos sentimentos humanos.
Pessoas não sabem demonstrar o que sentem com medo de que o óbvio perca o sentido.
Em tempos assim uma dúzia de “Eu te amo” vazios encantam qualquer um, mesmo em frente ao computador.
O pior de tudo é que dia-a-dia a felicidade é mais utópica, é a melancolia moderna tomando conta de nós, meros mortais que ainda insistimos em acreditar no amor.
Traição é só mais um tema banal nos talk shows matinais, porém pra mim continua sendo o ato mais cruel, o apse da falta de caráter. A fuga total do respeito com o parceiro(a), que confia grande parte de seus sonhos, suas esperanças e um espaço significativo (ou muito mais do que isso) da sua própria vida.
Sempre é bom parar para pensar. Agir de acordo com as palavras: “Não, eu, não. Eu tenho caráter. Eu sou fiel.” Aí está você transando com a secretária, dando mole pro padeiro, mentindo que tem que estudar e ‘causando’ na balada, fazendo planos, mas pensando quão bom seria ser ‘livre’.
O que mais me assusta é que a ‘meia frase’ que dá título a essa crônica nem se quer foi dita nesse século, foi dita por Marilyn Monroe (1926 – 1962).
E isso me obriga a pensar que as relações pioram de século em século, ano após ano, ou melhor, dia-a-dia.
Assustador.
Que tipo de relação será constante na vida de nossos bisnetos?
Uma barriga de aluguel? Uma solteirice eterna? Será a grande loteria das garotas de programa?
Assustador. [2]
O século é outro, o motivo certamente é outro, mas a frase é a mesma:
“... está faltando amor.”
Nathan Lilja