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30 de abril de 2009

O beijo esperado

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- Quem vai beijar primeiro?
- Eu beijo!

Um beijo quando é esperado
Faz sentido
Deixa o coração apertado
O olhar assombrado

Sua boca na minha
Minha boca na sua
- Me possua
Clama o desejo em silêncio

O beijo tarado
O roubado
O forçado
Nada substitui o esperado

Nathan Lilja

27 de abril de 2009

Amor: de todo tipo

Toda vez que eu penso no que escrever, a primeira coisa que me vem à cabeça é a palavra amor. Que coisa absurda escrever sobre o amor. Não acham?

Eu amo minha família; Meu ofício; Meus amigos; Algumas músicas; Alguns filmes; Cantore(a)s, Atores, Atrizes, Escritore(a)s...

O amor é proporcional a vivência: Eu não amo Clarisse Lispector com a mesma intensidade do que amo minha mãe. Isso é vivência. Eu admiro Lispector, me inspiro, acho-a genial. Não vivi com Clarisse, apenas sinto os efeitos de sua obra sobre mim...

Quem define a intensidade de um novo amor? Aquela que você conversou a madrugada inteira na mesa de um bar e se sentiu a pessoa mais feliz e “protegida” do mundo – naquela eternidade de horas. Ou aquela cantora de voz suave e melodias transcendentais que te deixou boquiaberto diante das ondas do rádio.

A intensidade do amor é definida por nós mesmos. Talvez eu ame a pessoa que eu conheci na mesa de bar eternamente. Suba ao altar, faça filhos. Talvez ela desafine, desande, tropece, e eu mais uma vez volte ao bar para iniciar a “busca” novamente. Mas a cantora continuará ali, pra me servir de sua voz e graça.

Alguns amores nunca acabam. Outros acabam e te deixam aliviado, outros fins te derrubam, outros te revigoram. Ame a arte, ame a música, ame sua família, sua profissão, e alguns amigos... Coloque tudo isso no topo da lista.

Sua mãe nunca te passará a perna, Woody Allen sempre te fará refletir, Jim Carrey arrancará pelo menos um sorriso, e Cazuza nunca te deixará cair.

Nathan Lilja

24 de abril de 2009

Nossa inconstância


Inconstância é o maior desejo de vida que se pode ter. Minha inconstância é ligada a vivência.

Não quero amor, quero frio na barriga.
Não quero amor, quero viagens.
Não quero amor, quero diploma.
Não quero amor, quero números.
Não quero amor, quero viver.

Quem ama não vive? Não completamente. Os beijos são sempre os mesmos, o cheiro às vezes enjoa, o conformismo se instala. Aí você descobre: essa não é a tampa da minha panela. (tampa da panela? Que expressão grotesca para o mais lindo da vida. O amor.).

A inconstância gera nas pessoas o desejo do novo, o desejo de se descobrir, de se reinventar. De dizer que hoje não foi um bom dia, mas que amanhã será e estaremos dispostos a vivê-lo. Gera o inconformismo com o que é passivo. A revolução francesa. Dentro de ti. A busca da verdade, do autoconhecimento... E do amor. Sempre ele.

Não sei se teorias atestam ou se pesquisas mostram se essa busca resulta ou naufraga. E quem disse que eu quero resultados? Eu quero me contradizer. Eu quero mesmo é buscar, é conhecer, é morrer tentando.

Em vão? Viverei jamais! Inventarei perguntas, clamarei por respostas e farei escolhas. Viverei feliz na incerteza, sem minhas respostas. Viverei a minha verdade (inventada).

Nathan Lilja

22 de abril de 2009

Tudo o que eu quiser

Eu sou cristão
Adoro o demônio
Eu sou vampiro
Lustro minha auréola

Eu sou verdade
Eu sou mentira
Eu sou perdão
Eu sou traição

Eu sou machista
Eu sou feminista
Eu sou puritano
Eu vendo meu corpo

Eu sou homem, sou mulher
Sou breve, serei eterno
Eu danço no escuro, eu choro no ponto de ônibus

Eu sou crença
Eu sou milagre
Eu sou dádiva
Eu sou maldição

Eu sou Cazuza
Eu sou Lispector
Eu sou Lennon

Eu sou escritor
Faço de mim o espelho da minha mente
Enxergo gênios, medíocres, loucos e humanos

Eu sou escritor
Dou vida a todos eles
Todos com um pouco de mim
– Na obscenidade dos meus pensamentos

Nathan Lilja

20 de abril de 2009

Divã, o filme

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Finalmente assisti ao Divã, baseado no livro homônimo de Martha Medeiros, com Lilia Cabral, José Mayer e grande elenco.

Mercedes, interpretada brilhantemente por Lilia Cabral, uma mulher de 40 e poucos que é feliz no casamento com Gustavo (José Mayer), porém decide por vôos mais altos do que a conformidade da rotina.

Mercedes encontra pelo caminho alguns homens como Theo (Reynaldo Gianecchini) com quem, ainda casada, se apaixona e é abandonada, e Murilo (Cauã Reymond), garoto de 19 anos com quem vive um romance tórrido. Sempre escudada pela inseparável Monica (Alexandra Richter), que juntas são responsáveis pelas cenas cômicas impagáveis – uma ressalva para o amigo cabeleireiro gay que faz pequenas aparições engraçadíssimas.

Divã é leve, “descompromissado”, vibrante, reflexivo e acima de tudo divertido. Aos fãs de Martha, como eu, que já leram ao livro e conhecem o estilo da escritora tiram uma conclusão: o filme tem pouco de “Divã”, o livro, e muito de Martha Medeiros, a escritora.
As confusões, as tiradas inteligentes, e os comentários engraçados, que foram incluídos no contexto para tornar a obra mais cinematográfica, se integram com fidelidade ao estilo profundo e leve ao mesmo tempo com que Martha escreve seus textos.

O filme nos diverte – e muito – mas quando acaba, e a voz de Ana Carolina toma a sala, nos convida a refletir sobre felicidade, amor e eternidade. Assuntos que pelo menos a mim amedrontam, porém a conclusão do filme para isso é a única que realmente faz sentido: todas as respostas a vida dará no tempo e na hora certa; enquanto isso continuamos convidados à incrível orgia das descobertas, com direito a sentimentos, decepções e felicidade. Sim, felicidade.

Nathan Lilja

19 de abril de 2009

Felicidade: escolha

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As pessoas realmente dizem muito
E fazem pouco
Desistem, fraquejam
Abandonam

Muitos julgam
Alguns apóiam
Ninguém vive

Viver é muito além de palavras e atos

Viver é sentir e pensar
Viver é tomar decisões

Mas acima de tudo

Viver é ser feliz
Viver é acordar no dia de domingo e cantar, cantar, cantar
É sorrir
Simplesmente por ter vontade de sorrir

Os que vivem assim são corajosos
Muitas vezes são sozinhos
Porém chega um momento que a felicidade passa a ser uma escolha

Eu escolhi
E não me arrependo, pelo menos por hoje
Em meu domingo musical e sorridente


Nathan Lilja

17 de abril de 2009

Tudo de novo (novamente)

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É como se algo não fizesse mais sentido – o amor
É como se sentimentos fossem naturais – a dor
É como a ressaca de um furacão.

Contamos os estragos
Recebemos os afagos
Recomeçamos

Por algum tempo parece que o sentimento dentro da gente “congela”
Nenhuma palavra nos afeta, por mais singela...
...”Eu te amo”, “Sinto sua falta”

O sentimento para... Pausa... Um dia recomeça

Enquanto isso; ocupamos-nos com paixões secundárias
Com histórias de amor – lendárias
Com uma vivência contrária – frustrada.

Sempre esperando o dia
Em que tudo fará sentido novamente
Em que o amor tomará nossa mente

Novamente
Sem precedente
Pronto pra seguir em frente


Nathan Lilja

16 de abril de 2009

Ofício Difícil

Falar de sentimentos não é um ofício fácil, ainda assim o escolhi. Nem sempre serei criativo, nem sempre estarei disposto, nem sempre estarei “sentindo”. Já dizia Lispector: “.. o que eu sinto lentamente se transforma no que eu digo.”

Nathan Lilja


P.S. Na último fim de semana estive em Vitória - ES, por isso a ausência.

8 de abril de 2009

Deixe o sol entrar

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Abri o guarda roupa
Tirei de dentro roupas velhas
30 camisetas em uma caixa
Elas não dizem mais nada sobre mim

Abri a janela
A cortina obstruiu o sol
Coloquei-a na mesma caixa

Há muitas outras coisas na vida
Que devemos tirar do armário
Que deveríamos nos permitir
Que deveríamos enxergar...

Enxergar
Quando situações são irreversíveis
Quando nós devemos ter serenidade para acabar com elas

E quando
A serenidade não vem, e o coração não responde
Simplesmente se permita mudar
Abra a janela e deixe o sol entrar
Pra começar...

Nathan Lilja

6 de abril de 2009

Quando sonhos acabam

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Existe uma grande diferença entre planos e sonhos. Planos são objetivos reais que quando concretizados nos engrandecem e nos satisfazem. Já os sonhos... São situações que nos são convenientes, nos irradiam, nos empolgam e – quase nunca – se realizam por completos.

Quando é o momento certo de fazer com que um sonho acabe? Quando você não aguentar mais. Quando for muita angústia, muita pressão, muito medo, muita dúvida...

Ter sonhado... Ter vivido-o, ou até mesmo tê-lo concretizado em partes é um grande marco. Uma ocasião inesquecível.

Na hora em que tomamos a fatídica decisão, deixar de sonhar, as coisas ficam bem mais difíceis por um dia, um mês... O tempo passa e tudo muda, mas os verdadeiros sonhos sempre permanecem.

Sobre a certeza da decisão? Nada na vida é definitivo. O tempo dá todas as respostas, todas. Para todas as nossas escolhas, todas.

Nathan Lilja

5 de abril de 2009

Culpa de estimação

Particularmente eu odeio impasses, dúvidas, sensações ruins de culpa. Ultimamente eu carrego comigo uma culpa pela dúvida. HÃN? Não entenderam? Eu também não!

As escolhas que temos de tomar durante toda uma vida são massacrantes. Por mais certa que julgávamos ser nossas escolhas, em alguma hora a dúvida sempre irá chegar. A profissão certa, a sua independência, o amor da sua vida, seu seguro de vida ou até – para os mais prevenidos – seu epitáfio.

É essa necessidade de escolhas, é essa pressão, é esse universo de possibilidades e apenas essa “ilha” de escolhas que encaminham a humanidade à total loucura. Ainda rezo pelo dia que o mundo será menos optativo e duvidoso e mais específico e definitivo. Porém tudo isso é utópico demais, as escolhas só aumentarão. E mais do que nunca só caberá a nós mesmos tomar as decisões certas.

E quando nossa vida está ligada a de alguém? Quando as escolhas não envolvem só a nós mesmos? Aí é uma loucura muito maior. A dúvida é muito maior, o medo também. E eu continuo mantendo a minha “culpa de estimação”.

P.S. Ainda acho que cada música do maior gênio que já existiu no rock brasileiro, Cazuza, dá o título de uma crônica.

Nathan Lilja

1 de abril de 2009

As 10 mentiras mais contadas

1° de Abril, tradicionalmente o dia da mentira. O dia em que todo mundo está na “defensiva”, mas sempre acaba sendo pego por uma mentirinha aqui outra acolá.

E aquelas mentiras contadas cotidianamente, e que por uma série de motivos fingimos acreditar? Aqui estão elas: As mentiras mais contadas por homens e mulheres:

Pelas mulheres;

1° "Você é tão bom de cama"
2° "Que simpática a sua ex"
3° "O problema sou eu, não você"
4° "Que delícia a comida que você fez"
5° "Não está acontecendo nada"

E pelos homens;

1° “Nunca tinha sentido isso antes”
2° “Não é o que parece”
3° “Ela é só uma amiga”
4° “Amanhã eu te ligo ou a gente se vê”
5° “Não quero terminar com você, só quero um tempo”

Nathan Lilja