Recent Posts

29 de setembro de 2009

Vôvô Agenor


Mamãe, quando eu crescer quero ser que nem vôvô Agenor
Com meu dom, socar a dor
E nunca temer o horror

Só quero ser feliz
Com o doutor
Com a vendedora de flor

Decoração medieval
Moinho no quintal
Blues pra espantar o mal

Mamãe, quando eu crescer quero ser exatamente igual
Pedindo carona para um quarto de pecado
Ouvindo rock no carnaval

Amando... Sempre no plural
Amando sempre, mas nunca igual
Amando sempre... Só por precisar.


Nathan Lilja

21 de setembro de 2009

Joana


Todos nós temos dilemas
Joana também tem esses mesmos problemas

Na noite, beija cinco caras diferentes
Quando o dia nasce, não os sente

Joana gosta de viver
Joana gosta de sonhar

Joana quer realizar
E nunca ouvir “não”

Joana chora por quase amores
Tem medo, do que a olhos comuns, são só temores
Ah, mas pra ela são horrores

Joana gosta de projetar
Não vive só para acertar
Joana nunca desiste de tentar...

Logo ela, que só quer amar.

Nathan Lilja

12 de setembro de 2009

Diálogo


Pequena conversa em família:

- Onde está a convicção e o otimismo de quando tu tinhas 15 anos?

- Mãe, com 15 anos não se conhece nada sobre nada.

- E com 90 se conhece?

- Eu só sei que agora, com 18 anos, eu sempre faço escolhas erradas, mas nunca me arrependo. Me consolo por ter errado tentando acertar.

- É meu filho... Talvez tu saibas mais da vida agora do que alguém que já tenha vivido muito mais.


Nathan Lilja

8 de setembro de 2009

Visão

Te esperei
Não te enxerguei
Apenas te vi

Te tive completa
Completamente fora (de mim)
Completamente inclusa (no nada)

Te vi distante
De mim, de nós
De tudo o que planejei

Te vi confusa (por sentir)
Te vi fugindo (de si mesma)
Amedrontada (por querer).

Nathan Lilja