Recent Posts

7 de maio de 2009

Quando paramos de sentir

Minha mãe certa vez me disse que quando algo grave acontece, nosso coração “perde” emoções que antes eram constantes. E concluiu dizendo que hoje em dia não se emociona mais vendo novelas ou assistindo um filme. A teoria é verdadeira. Eu a confirmei.

Nossos sentimentos são sistemáticos, eles nascem conforme a intensidade que escolhemos viver os fatos, porém eles também acabam com a mesma rapidez – ou demora – com que chegam. Tudo proporcionalmente.

Aquela mesma música não te arrepia mais, aquelas fotos não mexem mais com você, aquele filme não te faz mais refletir. São sinais de que um sentimento se foi. Que nesse momento ele realizou a “passagem”. Deixou de existir dentro de você e foi para um lugar ignoto.

Talvez minha mãe precise de inspiração, de novidade, de aventura. Não só ela, boa parte do mundo também precisa voltar a sentir as coisas mais simples e belas. Eu, no meu crédulo sentimentalismo, prefiro continuar acreditando que sentimentos são seguidores do espiritismo, e nunca desaparecem para sempre. Eles reencarnam.

Um belo dia quando ouvirmos a mesma melodia que nos balançava, iremos voltar a sentir. Nosso sentimento fez a “passagem”, “reencarnou”, e está aqui, dentro de cada um de nós, pronto para voltar ao “trabalho” e na expectativa que jamais se vá novamente. Nada melhor do que viver sentindo.

Nathan Lilja

0 comentários: