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29 de junho de 2009

Sobre ídolos, morte e lembranças

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Aos que ainda não sabem, sou relativamente novo, tenho 18 anos. Quase todos os meus ídolos estão mortos. E eu não “vi” nenhum deles...

Desde pequeno me interessei absurdamente por arte, fiz teatro, música, montagens e peças na escola, e conforme crescia descobria artistas geniais que não estavam mais em cena. Ouvi John Lennon, Elvis Presley, Janes Joplin, Bob Marley, Elis Regina, Cazuza... Ah o Cazuza, meu maior ídolo, minha maior mágoa... Se eu tivesse nascido um ano antes, apenas um miserável aninho, teria ao menos habitado a terra enquanto ele ainda vivia. Eu cresci admirando-os e não vendo nada igual, nada original.

Eis então que entre os vivos descubro que no mundo da música ainda existiam altezas. Madonna, a rainha do pop, e Michael Jackson, o rei do pop. Passei a acompanhar suas carreiras e me render às coreografias impecáveis, aos sintetizadores e as batidas inovadoras que não te deixam parado. Descobri que tudo o que eu ouvia, o que surgia constantemente na mídia, sofria alguma influência dessas “altezas”.
Falando mais especificamente de Michael: Eu não habitava esse mundo quando ele emocionou a todos cantando “Man in the Mirror” no Grammy, ou dando voz aos esquecidos da África liderando a campanha “We are the World”, e muito menos quando lançou “Thriller”, o disco mais vendido no mundo, até hoje, ou quando inovou criando o vídeo clipe homônimo com orçamento milionário, aspecto de cinema e roteiro genial. Porém eu soube de tudo isso, eu “revivi” esses momentos. O que eu realmente “vi” foi a vida pessoal de Michael entrar em total declínio. Porém isso pouco me importou, afinal o artista genial já estava composto muito antes de eu (se quer) nascer.

A figura Michael Jackson – assim como todas as outras que eu citei no início do texto – chocam a todos, são grandiosas demais aos olhos de simples mortais como nós. Que não temos milhões de fãs e não somos reis de nada, a não ser do nosso próprio destino.
É tão difícil imaginar Michael morto quanto imaginar o planeta sem água. É tudo grandioso demais... Mas as coisas grandiosas um dia acontecem... E as conclusões se tornam assustadoras.

Sim, assustadoras. A certeza de que tudo o que é pioneiro está se esvaecendo, de que “realezas” estão se indo – e que “cópias” surgem diariamente, de que não sobra mais nada que julgávamos imutavelmente genial, de que os tempos realmente estão mudando, e “apenas” deixando-nos suas lendas, seus melhores legados, e suas lembranças. Chegou a hora do senhor tempo se vingar de nós, que tanto corremos contra ele, e levar consigo os que amamos, ou estávamos acostumados a simplesmente “ter”.

Michael deixa mais do que milhões de fãs sem referência, sem substituto. Ele deixa em todos – incluindo os que não são seus fãs – um sentimento de perda por algo imensurável, algo capaz de mesmo depois de morto parar o mundo e se tornar o centro das atenções. Seu ser. A grandiosidade de Michael como artista, que nem se quer foi abalada por sua vida conturbada, será lembrada para sempre. Mas eu gosto de ir muito mais além, eu gosto de pessoas, eu gosto de sentimentos em sua mais pura essência. A mim fará falta outro tipo de Michael, o menino que habitava seu coração. O “Peter Pan” que ele havia se tornado, segundo suas próprias palavras. Ele era Michael Jackson, o gênio, mas no coração era Peter Pan, a criança. A voz doce, quase infantil, que no palco se tornava infindável, assustadora. O “menino frágil” que dançava como se fosse ligado na tomada e rodopiava feito um peão.

Michael “vai”, mas nos deixa um legado incontestavelmente genial. Leva com ele todos os seus sonhos, e afunda de vês as esperanças dos que, assim como ele, gostariam de ser jovens para sempre. Não existi formula química, e nem “terra do nunca”, que nos faça fugir da morte. Ela sempre chega, ela sempre nos pega de surpresa, ela sempre nos arrebata. Quando uma pessoa vira lenda, é sinal de que ela não viveu em vão, quando uma pessoa mesmo depois de morta continua sendo amada, é outro sinal de que ela não viveu em vão. Então, o que dizer de uma pessoa que acaba de se tornar uma das maiores lendas do mundo? De alguém que continuará sendo amado por milhões de pessoas? É tudo muito grandioso, é tudo muito genuíno... Somente mesmo um homem, com um coração de menino.

Nathan Lilja

15 de junho de 2009

Será que é?

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Poucos dias se passaram
Muitas palavras nos ligaram
É... Eu não consigo evitar
Demora pouco tempo para o plano me tomar

Não tem jeito, eu sempre me entrego
A aquela velha forma de começar a sonhar
Planejar
Sem nem saber se vai vingar

Queria só amar
Sem precisar procurar
Apenas esperar
Encontrar
Realizar


Nathan Lilja

12 de junho de 2009

O dia dos namorados... E a noite dos solteiros

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Desde que os hormônios começaram a agir sobre mim, e então descobri o namoro, todo o dia doze de Junho ouço a fatídica frase: “O dia é dos namorados, MAS A NOITE é dos solteiros”. Assim mesmo, nesse tom de alegria, luxúria e todos os “ai ai ai ui uis” recorrentes a data.

Todos nós - os solteiros - passamos o dia inteiro acreditando nisso. Esse é o grande lance, acreditar que estamos melhor assim. Que não precisamos do fogo da paixão, nem muito menos da calmaria do amor.

E chega a tão esperada noite dos solteiros. É agora; luxúria, beijos, afagos... Eles não virão, a não ser que você saia à procura. Na verdade o que 90% dos solteiros fazem é algo bem diferente do planejado. Alguns assistem Woody Allen e se animam, os mais desesperados apelam à Freud, os mais novinhos ouvem Emo Core, os mais velinhos Mozart. Muitos apenas lembram-se do último relacionamento, outros fazem um levantamento do porque acabou, e projeções de como seria hoje, alguns comem chocolate, bebem vinho. Alguns escrevem, por que tem vezes que sentir não é suficiente

Aos que comem, que ouvem, que dançam, que lembram e que projetam... Uma dica de quem escreve: Ninguém sobrevive a uma vida de solidão. Em certo momento duas vidas se cruzarão e não haverá impedimentos ou barreiras. O amor sairá pelos poros, e você deve deixá-lo entrar. Nada é igual, porém as chances nunca terminam.

Nathan Lilja

4 de junho de 2009

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Quando eu for te ver
Eu quero crer
Que vai ser diferente
Não somos mais inocentes

Eu sei do seu medo
Ele vai além do desejo
Todos aqueles erros, eu prometo
Ficarão no passado
No tempo errado...

De hoje em diante tentaremos de novo
Vamos buscar o novo
Nos reinventar (eu quero te amar)

Sem precedente
Daqui pra frente
Pra sempre

Nathan Lilja