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13 de abril de 2010

Clarisse



Nossa música há muito tempo está terminada
Descrito em poesia o nosso dia-a-dia
E com muita alegria
Do alto de nossa ironia

Das notícias quentes não saberei mais
Das piadas sem graça não mais rirei
Da tua garra e do teu amor
Sempre me lembrarei

25 Anos não é uma boa idade para morrer
Idade boa, só existe se for para viver

Nossa habilitação não saiu
Eu farei a minha, pode esperar
Quando no acelerador eu pisar
Lembrarei do teu sorriso amigo

E baixo vou voar

Um dia
Quando, aí sim, alto eu voar
Vou te encontrar

Vamos fofocar
Rir até engasgar
Vamos dizer que é bonito sonhar
E que nada é mais lindo do que amar.

À Clarisse, minha grande amiga. Venceu um câncer no intestino aos oito anos de idade, cresceu ensinando lições e sabendo que o sofrer engrandece. 18 Anos depois, pela mesma doença, "sua missão acabou" e em outro reino foi ensinar.
Obrigado pelo exemplo, pelos sorrisos e pela amizade. Não tenho palavras para descrever a falta que sentirei de te ver chegar para trabalhar todas as manhãs. Cuidarei da tua Mãe como cuido da minha, serei para ela o filho que restou, com toda a vontade de viver que tu me ensinou. É a minha forma de dizer obrigado, por além de tudo, tu também amares minha Mãe como se fosse tua (E no coração ela é). Descanse em paz, agora é com a gente. Amor. Sempre amor.


Nathan Lilja

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