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24 de abril de 2009

Nossa inconstância


Inconstância é o maior desejo de vida que se pode ter. Minha inconstância é ligada a vivência.

Não quero amor, quero frio na barriga.
Não quero amor, quero viagens.
Não quero amor, quero diploma.
Não quero amor, quero números.
Não quero amor, quero viver.

Quem ama não vive? Não completamente. Os beijos são sempre os mesmos, o cheiro às vezes enjoa, o conformismo se instala. Aí você descobre: essa não é a tampa da minha panela. (tampa da panela? Que expressão grotesca para o mais lindo da vida. O amor.).

A inconstância gera nas pessoas o desejo do novo, o desejo de se descobrir, de se reinventar. De dizer que hoje não foi um bom dia, mas que amanhã será e estaremos dispostos a vivê-lo. Gera o inconformismo com o que é passivo. A revolução francesa. Dentro de ti. A busca da verdade, do autoconhecimento... E do amor. Sempre ele.

Não sei se teorias atestam ou se pesquisas mostram se essa busca resulta ou naufraga. E quem disse que eu quero resultados? Eu quero me contradizer. Eu quero mesmo é buscar, é conhecer, é morrer tentando.

Em vão? Viverei jamais! Inventarei perguntas, clamarei por respostas e farei escolhas. Viverei feliz na incerteza, sem minhas respostas. Viverei a minha verdade (inventada).

Nathan Lilja

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